Sunday, January 14, 2007

Poesia

Canto a Beleza, canto a putaria
De um corpo tão gentil como profano;
Corpo que, a ser preciso, engoliria
Pelo vaso os martelos de Vulcano;
Corpo vil, que trabalha mais num dia
Do que Martinho trabalhou num ano,
E que atura as chumbadas e pelouros
De cafres, brancos, maratás e mouros.

Manuel Maria Barbosa du Bocage

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